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Correio da Manhã

Opinião
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Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Carlos Rodrigues

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Nada justifica ou desculpa atos de vandalismo.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 28 de Setembro de 2023 às 00:32
É importante dizer alto e bom som que atirar bolas de tinta a ministros ou vandalizar paredes com tinta vermelha é errado, seja qual for o motivo do protesto. Vamos por partes: as alterações climáticas começam a preocupar mesmo os que encararam com reservas os alertas mais alarmistas sobre o tema, ou que reagem com indiferença e rejeição a todos os radicalismos ecológicos. Há, hoje em dia, uma noção clara e mais generalizada de que algo pode estar a correr verdadeiramente mal no planeta, e que é necessário estudar com cuidado o que se passou nos últimos meses, com a sucessão de catástrofes naturais, fogos descontrolados e recordes absolutos de temperaturas. Tudo isso é certo, tal como é certo que o tema das alterações climáticas mobiliza sobretudo os mais jovens, quer porque sentem que se trata de uma ameaça direta ao seu futuro, quer pelo natural entusiasmo e energia com que enfrentam a vida e os desafios. Porém, nada disto explica, justifica ou desculpa os atos de vandalismo que ocorreram nos últimos dois dias em Portugal. O vandalismo em defesa do ambiente é errado por si só, e acaba por ter um efeito contraproducente, porque provoca rejeição. O vandalismo torna-se o fulcro da mensagem, desviando a atenção do conteúdo. Seria muito importante que fossem os próprios jovens ativistas a perceberem que devem mudar de estratégia, em defesa dos seus próprios ideais.



Vandalismo Ambiente Alterações climáticas Portugal
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