Um galgo escanzelado jaz entre quatro paredes num canil de Campo Maior, denuncia uma fotografia publicada neste jornal. O cão, esclarece a GNR, apresentava sinais de "maus-tratos e de carência alimentar", versão em parte corroborada pelo dono, ao confessar não ter alimentado o animal durante três dias. A justificação apresentada equivale em barbaridade ao ato cometido. Aconteceu, apenas, por "falta de tempo", alegou. Abaixo de cão.
"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta", disse Albert Einstein. Se acrescentasse a maldade, o físico alemão continuaria com uma máxima atual no currículo.
O homem que matou o cão à fome responde por um crime de abandono de animal de companhia, punido com 60 dias de multa ou pena de prisão até seis meses. Corre já uma petição pública, ontem estava assinada por mais de 15 mil pessoas, a exigir o cumprimento da lei, em vigor desde dia 1 de outubro, que criminaliza os maus-tratos.
Os animais deixaram de ser coisas aos olhos da Justiça. O caso em apreço é um bom exemplo para se mostrar a maturidade ética e o avanço civilizacional alcançado.
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