António Magalhães

Diretor do 'Record'

Uma guerra para toda a vida

09 de janeiro de 2016 às 00:30
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Excessivo é o mínimo que se pode dizer sobre a troca de palavras entre Jorge Jesus e Rui Vitória. Na sua última declaração, o treinador do Sporting colocou em causa muito mais do que as competências técnicas do colega de profissão, o que não é bonito de se fazer e lhe valeu a crítica da opinião pública. Aliás, desqualificar um adversário tem um inconveniente: desvaloriza os próprios sucessos.  Jesus excedeu-se nos comentários dirigidos a Rui Vitória e, perante a espiral de acusações e insinuações, está criado um ódio recíproco para toda a vida. Não é a primeira vez que Jesus exagera. Nem sequer será a última. No passado, como treinador do Benfica, protagonizou alguns episódios que do ponto de vista ético mereceram reprovação. Ele tem, no entanto, um mérito: diz o que pensa. Muitas vezes sem medir as palavras nem olhar a consequências, é certo. Mas é transparente. Dali sabemos o que vem. Terá, então, Vitória cometido um erro ao ter dado troco ao "inimigo" com a mesma ve emência? A verdade é que um homem não é de ferro e há momentos em que o bom senso e o silêncio são interpretados como cobardia. Alimentar esta guerra é bom para jornais, rádios e televisões, mas Jorge Jesus e Rui Vitória já nada ganham com ela.

Julen Lopetegui: a última grande derrota de Pinto da Costa

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O FC Porto entregou-se a Julen Lopetegui para um projeto que terminou ao fim de ano e meio e sem qualquer título. O treinador basco não chegou a perceber o que é o FC Porto e o futebol português e muitas vezes pareceu que nem queria perceber.

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