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António Jaime Martins

Ramblas

Nada nem ninguém está hoje a salvo do terror.

António Jaime Martins 23 de Agosto de 2017 às 00:30
Em momento profundamente arrepiante e comovente, no dia seguinte ao atentado nas Ramblas, uma concentração de milhares de catalães na Praça da Catalunha, após um minuto de silêncio seguido de uma forte salva de palmas, gritaram "não temos medo".

Esta é a guerra dos tempos modernos. Uma guerra em que um dos belicistas é invisível e está disseminado entre nós, infiltrado na vivência ocidental, mas com ela não se identificando e rejeitando-a em absoluto. Mais do que isso, odeia profundamente a nossa cultura, a nossa forma de viver e de estar e o nosso ser.

O terrorismo é perpetrado por quem não admite a diferença cultural e religiosa, ao contrário da vivência que despreza e quer destruir.

À medida que na Síria e no Iraque as células terroristas perdem o seu espaço de atuação, os atentados tenderão a aumentar em número e em terror na Europa.

É um desafio para os serviços de inteligência europeus que têm rapidamente que aprender com o norte-americano e com o israelita.

Não pensemos pois que, sendo os portugueses um povo tolerante, pacífico e hospitaleiro, tal nos põe a salvo do terror.

Pelo contrário. Urge por isso a adoção urgente de medidas de prevenção nos principais locais de atração turística do nosso país.
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