Estarão recordados das palavras da representante das Nações Unidas na área da Justiça aquando da sua visita a Portugal.

Após ter contactado com diversas entidades, afirmou expressamente que "o Poder Judiciário não pode andar de chapeuzinho estendido" para dispor das condições essenciais ao exercício da sua actividade de investigar e julgar 

as questões que lhe são colocadas.

Num primeiro balanço da reorganização judiciária, o que ressalta é a falta de resposta do sistema informático CITIUS, cujos efeitos ainda se fazem sentir, a realização de obras em edifícios de tribunais que não se encontravam preparados para receber os serviços que neles foram instalados, as consequências decorrentes do afastamento geográfico de algumas secções especializadas ou o esvaziamento de alguns tribunais ou, mais recentemente, um tribunal cujo estado de degradação é tal que cai urina do piso superior para o inferior.

Quando terminará a política do "chapeuzinho estendido"?