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Carlos Anjos

Bruxos e videntes

Infelizmente para os assaltantes, a PJ não se intimidou com feitiçarias.

Carlos Anjos 12 de Maio de 2017 às 00:30
Nos últimos tempos, o mundo do crime converteu-se ao domínio do Além. São já dois os grupos, ligados ao crime violento, que tinham como líderes espirituais indivíduos com alegados poderes sobrenaturais, conhecidos como ‘Bruxos’.

Foi o caso da Máfia de Braga, cuja liderança espiritual estava entregue ao ‘Bruxo da Areosa’, temido até por outros membros do grupo, tais os seus poderes. E o mesmo se passava no grupo que assaltou o Continente do Barreiro, onde um vidente guineense, através de cintos de búzios, protegia os meliantes durante as ações criminosas.

A confiança que estes grupos tinham nos seus protetores espirituais era tal que se permitiam gozar com os inspetores da PJ, a quem apelidavam de incompetentes e fracos. Infelizmente para eles, a PJ não se intimidou com feitiços e acabaram presos. Os videntes viam tudo, menos que a PJ os iria prender.

Recordo por isso as palavras do atual diretor da PJ, no dia da sua tomada de posse, quando afirmou que havia feito um acordo com a Senhora de Fátima. Nem ela fazia investigação criminal, nem a PJ fazia milagres.

A falta de crença da PJ em poderes sobrenaturais parece sobrepor-se à crença dos criminosos nos búzios e demais artefactos mágicos.
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