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Correio da Manhã

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Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Carlos Anjos

O voo da morte

A decisão do comandante e da companhia é irresponsável.

Carlos Anjos 2 de Dezembro de 2016 às 00:30
O acidente de aviação ocorrido na cidade colombiana de Medellín, a cidade de Pablo Escobar, e onde perderam a vida 71 pessoas, é estúpido e difícil de aceitar. A queda da aeronave ocorreu unicamente devido a uma decisão incompreensível do comandante do avião, que condenou à morte todos aqueles que se encontravam no voo.

A conversa do comandante com o filho é terrível, já que assumia que dificilmente teria combustível para chegar a Medellín e que não poderia fazer nenhuma escala porque o único aeroporto que ficava em rota não tinha operação noturna. Também a assistente de bordo sobrevivente assumiu que a aeronave era um jato para viagens de pequeno curso e que não poderia fazer aquela viagem.

Mas então porquê a decisão de a fazer? Teimosia ou fé num qualquer Deus? Não consigo perceber. Bastava ler as especificações do avião para perceber que o tanque leva combustível para 3000 km e a distância entre Santa Cruz e Medellín é de 2975 km, apenas menos 25 km que o limite do combustível.

A decisão do comandante e da companhia é irresponsável, inaceitável e inacreditável e mandou 71 pessoas para a morte, transformando o voo de festa da Chapecoense no voo da morte.
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