Criou-se a ideia de que em Portugal cuidamos bem das crianças. Infelizmente a vida tem-me demonstrado o contrário. O chamado superior interesse da criança não passa de uma expressão vaga.
Nesta semana, soubemos que um empresário e uma professora adotaram três irmãs. Parece que o homem abusou das três, alegando que o fazia por estar possuído por um espírito maligno.
Num outro caso, em que um homem terá morto a esposa, os pais desta trocaram a guarda dos netos por um carro e uma semana de férias, dando essa guarda aos pais do presumível homicida. Um acordo sobre a guarda futura destas crianças que o Ministério Público parece não aceitar, e que é um negócio.
Em Setúbal, uma alegada seita religiosa abusava de crianças, sendo que os pais destas deixavam os filhos de 7 e 8 anos dormir em casa de desconhecidos. Em Lisboa, numa situação de violência doméstica, o marido dispara contra a mulher, falha e acerta na cabeça do filho de 8 anos, que ficou cego de uma vista e está em risco de perder a outra.
Tudo numa semana, e os envolvidos são pais, padrastos e avós. Isto é apenas uma parte das maldades que diariamente se fazem contra os mais pequenos. Uma autêntica vergonha nacional.