O Presidente da República foi a Casablanca, Marrocos, numa viagem que durou oito horas. Seria de pensar que em oito horas não há tempo para cometer erros, mas não foi assim: apesar do Ramadão, Marcelo Rebelo de Sousa terá aceite as tâmaras e doces que foram postos à sua disposição no encontro com o rei Maomé VI.
Manda o protocolo que, caso aceite as tâmaras, as deve meter no bolso para comer mais tarde, mas Marcelo estava com fome e exerceu o seu direito de não-muçulmano de comer durante o dia.
O problema é que muitos dos que rodeiam o rei Maomé VI são obcecados pela leitura dos sinais e o gesto foi entendido como uma manifestação pública de fé cristã.
É um problema das cortes, não acreditarem em gestos casuais.