Quando os problemas de um sistema político são da ordem daqueles que o Brasil apresenta – dois ex- -presidentes e um presidente da República suspeitos de vários crimes -, não é possível continuar a sustentar a tese de que tudo não passa de uma conspiração.
Querer acreditar em teorias da conspiração que envolvem Lula, Dilma e Temer é esbarrar de frente na realidade. O Brasil não tem um problema com os juízes de Curitiba. O Brasil tem um problema muito grave de corrupção, de abuso de poder, tráfico de influências, de todos os crimes de catálogo no domínio económico e político.
Não é coisa de esquerda nem de direita, é apenas crime que se repete nos ciclos de decadência dos sistemas políticos já muito gastos pelo populismo e pela demagogia.
Aconteceu em Itália, na Grécia, França está a acontecer em Espanha com o Partido Popular e antes tinha acontecido com o PSOE.
Acreditar nas teorias da conspiração nestas matérias é apenas a forma mais moderna de meter a cabeça na areia. Esperemos que a moda não chegue cá, agora que se aproximam momentos cruciais em processos como os da Operação Marquês e o Universo Espírito Santo.
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