O ex-ministro Martins da Cruz foi à televisão pública de Angola pedir ‘recato’ e ‘bom senso’ à justiça portuguesa, a quem criticou por ter ‘libertado’ a acusação de corrupção ao vice Manuel Vicente. São declarações espantosas.
Martins da Cruz tem obrigação de saber que numa democracia funciona a separação de poderes; que o Ministério Público não pode nem deve esconder uma acusação; que a publicidade é um princípio básico do processo penal; que uma acusação não pode ser gerida como se fosse um assunto de Estado, ou melhor, das sarjetas do poder de Estado.
A um ex-ministro dos Negócios Estrangeiros exigia-se mais bom senso e recato.
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