Pedro Sánchez, líder do PSOE, prepara-se para amnistiar os dirigentes catalães seccionistas, em particular Carles Puigdemont, que já fala como um vencedor. Para conseguir fazer, outra vez, a sua ‘geringonça’, Sánchez e Yolanda Díaz, líder do Sumar, vão dar tudo o que for preciso aos seus sócios. Vão dar a Puigdemont, como já deram ao Bildu, herdeiros da ETA, e ao restante caleidoscópio de partidos nacionalistas. Yolanda Díaz foi à Bélgica encontrar-se com Puigdemont, fugitivo à Justiça espanhola, acertar todos os detalhes, em manifesto desprezo pela lei, pela Constituição, pelas magistraturas que asseguram a legalidade. Preparam-se agora para dividir o bolo. A amnistia é o contrato-promessa, o referendo a entrega do bem negociado. Está, portanto, na forja um Governo que funcionará como uma trágica esponja. Nenhum outro o superará na capacidade de lavar mais branco, por muitos anos. Um festim para catalães e bascos que não querem fazer parte de Espanha. Uma agonia para a democracia, que começa a reunir consensos de repúdio entre a esquerda e a direita moderadas. Sánchez e Díaz estão a ultrapassar linhas vermelhas muito perigosas, que empurram a Espanha para um abismo moral, ético e legal. Quem precisa, afinal, do Vox para dar cabo do país e das instituições!?