O juiz Rui Rangel é um dos poucos juízes com sensibilidade para a comunicação pública da justiça. Sempre se preocupou – e bem – em traduzir por palavras simples a complexa liturgia judicial. Por isso, tem uma presença assídua em televisões e jornais.
Mesmo que Rangel sempre tenha dito que não fala de casos concretos, não foram poucas as vezes que falou. No caso de Sócrates, já criticou a detenção e a prisão preventiva. Se há juiz que, agora, não pode decidir um recurso neste caso é ele. Seria bom que a lucidez revelada habitualmente sobre os problemas de credibilidade da justiça o acompanhasse agora e se declarasse impedido.