Tudo o que sucede num país como os Estados Unidos pode influenciar a vida internacional. Torna-se, assim, oportuno acompanhar a discussão que está a ocorrer em Washington em torno do chamado "Patriot Act" (Lei Patriótica).
Esta lei foi criada pelo presidente George W. Bush em resposta aos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. Com ela, as autoridades norte-americanas podem, sem qualquer controlo judicial imediato, exercer uma ampla vigilância fora e dentro dos Estados Unidos, intercetar telecomunicações incluindo e-mails e deter e interrogar com mais facilidade suspeitos de terrorismo.
Porém, num país com as tradições democráticas dos Estados Unidos, o respetivo Congresso impôs limitações. Primeiro, sujeitou essa lei a um prazo de validade. Depois, substituiu o "Patriot Act" pelo "Freedom Act" (Lei das Liberdades) que reduziu os poderes concedidos.
O debate neste momento – que se insere na tradicional polémica entre liberdades e segurança – é precisamente sobre a renovação dessa legislação. Qualquer que seja o resultado desse debate, ele acabará algum dia por ter consequências nas nossas vidas.