Os grandes deste mundo usam o período das Festas para formular votos e anunciar planos. Embora se trate de uma rotina, a comunidade internacional costuma estar atenta aos sinais que nela tantas vezes se insinuam.
Na sua mensagem de Ano Novo, o presidente Marcelo não foi exceção. Na perspetiva da vida internacional, a sua comentada expressão "ano estranho e contraditório" é aplicável quer a 2017, quer a 2018. Recordem-se, nesta linha, as intervenções do papa Francisco, não só sobre o dever de oferecer um futuro aos povos migrantes, mas também sobre os riscos da transferência da Embaixada americana para Jerusalém.
Igualmente interessante foi a mensagem do líder russo, Putin, enfatizando o desejo de estreitar as relações com Washington. Para lá do seu objetivo tático, visaria este recado interesses coincidentes? O presidente francês, Macron, valorou as incontornáveis exigências ambientais. E o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, insistiu no imperativo de lutar pela paz num ambiente de conflitualidade geral.
Finalmente o líder norte-coreano, King Jong-un, lembrou aos mais distraídos que tem na sua secretária um botão que pode ditar o destino da Humanidade. Ano Novo?