O que se pode dizer da questão do Qatar é que é confusa. Trata-se de um pequeno país situado no Golfo Pérsico, com uma área à volta dos 10 mil km², ou seja, do tamanho do nosso distrito de Beja.
Oficialmente é uma monarquia constitucional com a capital em Doha e cujo trono é ocupado pela dinastia Al-Thani. Possui 2 milhões e meio de habitantes, mas destes só cerca de 20% goza da cidadania do Qatar, sendo os restantes imigrantes.
Como tem vastas jazidas de petróleo e gás natural, usufrui de um dos maiores rendimentos per capita do mundo: USD 145 mil. No Índice de De- senvolvimento Humano, do PNUD, o Qatar ocupa atualmente o 33º lugar.
O seu governo tem feito muitos investimentos estratégicos por esse mundo fora e domina a emissora de TV Al-Jazira, muito influente em todo o Médio Oriente. Além disso, encontra-se no seu território uma base norte-americana com um efetivo de cerca de 10 mil militares.
E agora, o que se passa? Dá a impressão de que o problema é o financiamento de grupos ditos terroristas ou próximos, como o Hamas e o Hezbollah e o próprio Daesh. Mas por detrás disso, há uma luta de poder entre os principais países da região, luta essa onde a Turquia também quer entrar.