Na célebre entrevista de António Ferro a António de Oliveira Salazar, depois publicada em livro, o ditador, para sempre solteiro, discorreu sobre o papel da mulher. “Dentro do lar, claro está, a mulher não é uma escrava. Deve ser acarinhada, amada e respeitada, porque a sua função de mãe, de educadora dos seus filhos, não é inferior à do homem. Nos países ou nos lugares onde a mulher casada concorre com o trabalho do homem - nas fábricas, nas oficinas, nos escritórios, nas profissões liberais - a instituição da família, pela qual nos batemos como pedra fundamental duma sociedade bem organizada, ameaça ruína… Deixemos, portanto, o homem a lutar com a vida no exterior, na rua… E a mulher a defendê-la, a trazê-la nos seus braços, no interior da casa…” É preciso dizer que, ainda assim, por questões puramente económicas, já então elas tinham de trabalhar fora de casa, geralmente em posições inferiores e mal remuneradas, até porque a educação que não servia ao povo além do ensino básico era particularmente dispensável no caso daquelas a quem o chefe da nação confinava ao lar. Tal como os homens eram então os chamados chefes das famílias, também Salazar era então o chefe, o pai da Nação portuguesa.
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