O INE acaba de anunciar que a economia portuguesa terá crescido 2,8% nos primeiros três meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. É indiscutivelmente uma excelente notícia para o país. Há cerca de uma década que Portugal não produzia a ritmos semelhantes, mesmo antes da crise que provocou a grande recessão no mundo ocidental.
Duas razões sustentam o otimismo sobre este crescimento. A primeira é que não se trata de um indicador isolado. Os dados do crescimento económico têm vindo a melhorar há vários trimestres, o desemprego está a descer de forma consistente (não por causa da emigração, como no passado recente, mas graças à criação de mais de 140 000 empregos no último ano), e os dados setoriais da construção ou do turismo são positivos. Os vários indicadores apontam para que estejamos a entrar num novo ciclo de crescimento sustentado.
A segunda razão para otimismo é que estamos a crescer mais com base nas exportações líquidas (para o que muito contribui o turismo e os serviços) do que na procura interna. Contra a crença de muitos, o crescimento da economia não está a ser acompanhado do aumento do défice externo e apresenta, no atual contexto, condições mais sustentáveis.
É evidente que ainda há muito caminho a fazer, que os riscos internos e particularmente externos à nossa economia são bem reais e que vivemos num período de taxas de juro anormalmente baixas. E é evidente acima de tudo que a Europa está bem longe de resolver de forma categórica a crise institucional e política da moeda única e do futuro da construção europeia.
Mas depois de tantos anos de desesperança aproveitemos a conjuntura para potenciar ainda mais os fatores do nosso crescimento futuro, para sararmos mais rapidamente as profundas feridas sociais destes anos de ajustamento, para consolidarmos as nossas contas e melhorarmos o nosso sistema financeiro. Tudo fica agora mais facilitado. Há destes dados uma leitura política inevitável. Todas as críticas, todas as ameaças, todas as previsões de Passos caíram por terra e foram desmentidas pela realidade. Fruto da mudança de ciclo económico e fruto da mudança de política do Governo, é a economia que está a puxar pela consolidação orçamental e não o contrário. Costa e Centeno ganharam em toda a linha.
Um negócio da China
No passado fim de semana vários líderes mundiais deslocaram-se a Pequim para debater a execução do grande projeto da China para as próximas décadas: a nova ‘Rota da Seda’. Trata-se de um projeto de investimento chinês mais ambicioso que o Plano Marshall com 1 trilião de dólares destinados a reconstruir as rotas comerciais da China com a Europa, atravessando a Ásia e a Rússia.
A ideia responde no imediato a um problema de crescimento interno chinês, permitindo escoar matérias-primas e mão de obra para a construção de rodovia, ferrovia, redes elétricas e portos fora da China. Mas é muito mais do que uma iniciativa económica de curto prazo. É um projeto que mostra aliás que a China é neste momento a única potência regional com uma estratégia geopolítica digna desse nome.
A política tem horror ao vazio. E por maioria de razão a política internacional. A União Europeia está há demasiado tempo bloqueada nas suas crises e os Estados Unidos, com Trump, decidiram virar-se para dentro. Se nada mudar a ocidente será a China a moldar a globalização do século XXI.
Feira Arco em Lisboa
É já este fim de semana que decorre a segunda edição da Feira Arco em Lisboa.
Com a presença de 40 prestigiadas galerias internacionais, a Arco-Lisboa (realiza-se entre 18 e 21 de maio) é um momento de afirmação global de Lisboa no panorama da arte bem como uma oportunidade única para os artistas e galerias nacionais mostrarem o trabalho desenvolvido.
Elevador da Glória Portugal exemplarDepois dos bons resultados dos alunos portugueses de 15 anos nos testes PISA, a OCDE volta a falar de Portugal como um exemplo a seguir em matéria de Educação, por estar a envolver os alunos na definição de competências à saída da escolaridade obrigatória e da flexibilização curricular.
José Pedro Croft em VenezaO escultor José Pedro Croft continua a dar cartas. Este ano representa Portugal na Bienal de Veneza, com o projeto ‘Medida Incerta’, que abriu ao público no sábado. São seis esculturas que homenageiam a obra de Siza Vieira em Veneza instaladas na Villa Hériot, na Ilha de Giudecca.
Três anos Time Out MarketO Time Out Market já faz três anos. Como dizem com graça, são a única revista do mundo que se pode ler, beber e comer! O projeto veio dar uma nova vida ao mercado da Ribeira, com 24 restaurantes e vários espaços comerciais. Parabéns a toda a equipa por mais este sucesso!