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Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Francisco J. Gonçalves

O 'Estado' das Coisas

Gostar ou não gostar de Barack Obama já não é relevante. Como costuma dizer-se: ante factos não há argumentos. E o facto é que a presidência Obama tem sido uma imensa desilusão para quantos esperavam dele um vislumbre, ao menos, do famoso ‘Yes we can’ que o levou ao poder.

Francisco J. Gonçalves 17 de Setembro de 2011 às 00:30

Mas, afinal, ‘nós não can’ acabar com Guantánamo, ‘não can’ moralizar o funcionamento do sistema financeiro e, definitivamente, ‘não can’ (ou ‘não quer’, o que dá no mesmo) alterar coisa alguma na política relativa ao Médio Oriente.

Quem ainda tivesse dúvidas viu-as desvanecidas pela resposta dos EUA à pretensão palestiniana de levar à ONU uma proposta para criação de um Estado. Washington apoia esse Estado, mas só se este resultar de negociações com Israel. Atitude curiosa. Desde logo, porque faz de conta que ninguém se lembra dos fracassos de Oslo e Camp David. Deram bonitas fotografias, mas deixaram tudo na mesma. Além disso, o ‘nim’ americano ao Estado palestiniano deixa a Israel, de novo, a última palavra sobre o tempo e o modo de pôr fim a um conflito que se alimenta das ambiguidades do Ocidente desde a criação (unilateral, recorde-se) do Estado judaico, em 1948.

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