Em 1973 um jovem professor de literatura na cidade de Drake, estado do Dakota do Norte, decidiu usar o romance ‘Matadouro Cinco’ (Bertrand), de Kurt Vonnegut, como material de leitura de uma das suas aulas.
Resultado? Os 32 exemplares do livro de Vonnegut foram retirados das mesas dos alunos e foram queimados na fornalha do aquecimento central da escola, pelo diretor e pelo chefe da polícia.
O caso deu que falar: houve protestos, mas houve também seguidores. A data assinala-se esta semana (a Banned Books Week) nos EUA, país onde livros de Hemingway, Faulkner, Steinbeck, Mark Twain, J.D. Salinger ou J.K. Rowling foram (e estão) proibidos em escolas e bibliotecas públicas.
Queimar livros parece-nos um escândalo. E é. Mas ainda se pratica muito hoje em dia.
O fervor religioso, político e "moral" dos censores e das autoridades em geral é um combustível perigoso para toda a espécie de insanidades.
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Citação do dia
"Todo o esforço modernizador foi concentrado no aumento da capacidade de cobrar impostos"
Eduardo Cabrita, ontem, no CM
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Sugestão do dia
Reportagem extraordinária em livro: ‘A Máquina do Poder’ (Esfera dos Livros), em que Miguel Pinheiro e Gonçalo Bordalo Pinheiro acompanham a campanha das europeias (PS, PSD-CDS) por dentro, visitando todos os bastidores.