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Francisco José Viegas

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Não o ler é uma afronta à Língua Portuguesa.

Francisco José Viegas 26 de Setembro de 2014 às 00:30

Falemos da luxúria. Não dessa. Daquela que atravessa os objetos que cobiçamos, que reservamos, que não cedemos nem por decreto, que escondemos – se for preciso. A Glaciar, editora de Jorge Reis-Sá (com a Academia Brasileira de Letras), acaba de lançar um volume de 1560 páginas que leva este título simples: ‘Os Romances de Machado de Assis’. Ora, o que leva este livro lá dentro? Os romances de Machado de Assis: ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, ‘Memorial de Aires’ e ‘Dom Casmurro’, necessariamente, mas também ‘Quincas Borba’, ‘Esaú e Jacob’, ‘Helena’, por aí fora (são 9). Machado de Assis (1839-1908) é um dos grandes heróis da nossa língua, mulato filho de mulato casado com uma portuguesa; da infância pobre passou a fundador da Academia. Não o ler é uma afronta à Língua Portuguesa. Do humor bravo e etéreo de Brás Cubas à suspeita de traição de Capitu, estas páginas esperaram por nós – e continuam. 

Citação do dia

"Os professores há muito reclamam que o Ministério é gerido como uma fábrica de enchidos"

Paulo Fonte, ontem, no CM

Sigestão do dia

Termina hoje a festa de Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico; é o dia certo para lembrar a publicação de ‘Ver: Amor’, romance deslumbrante de David Grossman (D. Quixote) e com tradução notável (do hebraico) de Lúcia Mucznik. 

Jorge Reis-Sá Academia Brasileira de Letras Machado de Assis Língua Portuguesa
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