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Francisco José Viegas

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A arte moderna é o detergente que lava mais dinheiro duvidoso.

Francisco José Viegas 1 de Setembro de 2015 às 00:30
Em 2008, a crise imobiliária quase destruiu o Dubai; o emir teve de recorrer ao vizinho Abu Dhabi e dedicar-lhe o maior arranha-céus do mundo, o Burj Khalifa, um prodígio de dinheiro. Juntamente com o Qatar, são os três países que mais investem em arquitetura (J. Nouvel, Zaha Hadid, Norman Foster, Ghery), aquisições de arte contemporânea e museus (vão abrir delegações do Guggen heim, da Tate ou do Louvre, e o Museu de Arte Islâmica do Qatar é um dos mais impressionantes), comprovando que a arte moderna é o detergente que lava mais dinheiro duvidoso. Entretanto, ao lado, na Síria, militantes muçulmanos do Estado Islâmico destroem a arte e a arquitetura antigas de Palmira com explosões cheias de fé e parte da dinamite paga pelos emirados e sauditas. Coisas surpreendentes que nos deixam na maior das passividades.

Citação do dia
"Os portugueses penalizarão a falta de alternativas com uma eleição sem maioria absoluta"
Luciano Amaral, ontem, no CM

Sugestão do dia
Leiam o maravilhoso livro de Djaimilia Pereira de Almeida, ‘Esse Cabelo’ (Teorema): sobre o cruzamento de memórias entre Portugal e Angola – a partir do cabelo da narradora, num texto belíssimo; um dos livros do ano. 
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