O emprego está a diminuir em Portugal desde 2002.
Olhar para o dedo pode ser importante, mas é preciso ver a lua também. O debate sobre a evolução do emprego e do desemprego é basicamente um tema já contaminado pela campanha eleitoral. Com rigor, olhando para a lua e não para o dedo, não é ainda possível dizer que entrámos numa trajectória de crescimento do emprego através da redução do desemprego.
Há sinais, tendências de curto prazo, mas ainda sem a segurança de ser uma onda de fundo. Por isso mesmo não faz qualquer sentido estar a discutir os números mensais do desemprego, seja para pedir explicações ao INE, posição do primeiro-ministro, quer para ditar o fracasso da política económica, as declarações da oposição.
A tendência de redução do número de empregados em Portugal existe desde 2002. Primeiro lentamente, para, a partir de 2008, entrarmos num processo de acelerada destruição de postos de trabalho. Neste momento, o que os números nos permitem dizer com alguma segurança é que se acalmou a violenta onda de redução do emprego.