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Helena Garrido

Os técnicos de Costa

Na zona euro há regras. Por isso, as razões técnicas são hoje políticas.

Helena Garrido 29 de Janeiro de 2016 às 01:26
São "tecnicalidades orçamentais", diz o primeiro-ministro sobre o conflito a que assistimos entre Lisboa e Bruxelas no Orçamento do Estado. Na sua perspetiva nada se passa ao nível político, embora reconhecendo que o entendimento político depende da aproximação técnica.

Ou a Zona Euro mudou muito nos últimos meses, sem termos dado conta, ou a abordagem de António Costa ameaça irritar ainda mais os credores. O que aconteceu com Paulo Portas no governo anterior é um exemplo. O ex-vice-primeiro-ministro tratou as negociações com os credores como se fossem "tecnicalidades" e acabou a disfarçar o seu recuo.

Concordemos ou não, a Zona Euro tem hoje uma forte componente técnica na sua governação. É uma escolha em si política, de governar com menos discricionariedade e mais regras. É nesse contexto que o Eurogrupo constitui o coração da gestão do euro. É do passado o tempo em que se governava a Europa pelo conselho dos Assuntos Gerais, com poucas regras e muita discricionariedade. António Costa, como Portas, já começou a corrigir a declaração inicial que relegava para a irrelevância política a carta de dois comissários europeus. Carlos César corrigiu ainda mais a mão.
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