Estou disposta a lutar pela TAP porque esta luta é também pela democracia e soberania.
Como portuguesa, quero embarcar em Lisboa para chegar a Luanda ou ao Recife. Não quero ter de ir a Madrid.
Estou disposta a pagar por isso, muito mais do que pelos prejuízos dos bancos. Também quero que os nossos milhões de emigrantes possam viajar de Caracas, Maputo ou Luxemburgo para Portugal diretamente e com segurança. Estou disposta a pagar por isso, muito mais do que pelas rentabilidades excêntricas das PPP. Ainda quero que tenhamos uma companhia que resgate os nossos conterrâneos das guerras ou das catástrofes. Estou disposta a pagar por isso, muito mais do que 60 mil milhões de euros só em juros da dívida até 2020.
Como portuguesa, exijo que os nossos concidadãos açorianos e madeirenses tenham uma ponte área que lhes garanta o acesso à saúde, educação ou outros serviços sempre que necessário e a custo comportável.
Estou disposta a pagar por isso, mais do que benefícios fiscais a grandes empresas. Estou disposta a lutar pela TAP porque esta luta é também pela democracia e soberania. Pela nossa sobrevivência.