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João Pereira Coutinho

A guerra dos mundos

No século XXI, só os piores estão prontos para a batalha.

João Pereira Coutinho 20 de Fevereiro de 2015 às 00:30

Com o estalinismo soviético de volta e o terrorismo jihadista à solta pelas ruas da Europa, um estudo internacional resolveu perguntar se os portugueses estariam dispostos a lutar pelo seu país. A esmagadora maioria não está. Só 28% respondem afirmativamente, alinhando com a generalidade dos países europeus. Em contrapartida, o Médio Oriente e o Norte de África nem hesitam: marchariam para a batalha ao primeiro toque.

Não vale a pena procurar explicações para tão interessante fenómeno: é provável que o relativo conforto ocidental nos tenha tornado mais indolentes. Ou, então, mais ‘refinados’: a guerra é um negócio tão arcaico que a única coisa a fazer é negá-lo, na impossibilidade de o ilegalizar. Infelizmente para nós, há mais mundo para além do nosso mundo. Como dizia o poeta, um mundo onde os piores estão cheios de intensidade apaixonada – enquanto os melhores já não têm qualquer convicção. 

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