Depois do massacre em Bruxelas, logo se instala o coro. À esquerda, os humanistas preocupam-se com a identificação entre terrorismo e Islão. À direita, a poesia é outra: não podemos ceder ao medo nem sacrificar as nossas liberdades. Nenhuma das claques habita o planeta Terra.
Para começar, a Europa tem um problema com o Islão radical e jihadista, que apenas cumpre as instruções do próprio ISIS: atacar qualquer infiel, em qualquer parte do mundo. E quem são os terroristas? Sim, podem ser assassinos caseiros; ou, então, antigos combatentes do ISIS que regressaram a casa. No total, estamos a falar de 5000 em solo europeu.
Por último: não ceder ao medo? Não sacrificar as nossas liberdades? Deixa-me rir: não ter medo de 5000 jihadistas é sinal de estupidez, não de coragem. E, sobre as liberdades, o óbvio: sem segurança, não há liberdades que resistam. Se os líderes europeus tivessem cabeça, já estariam a caminho de Israel. Para aprenderem alguma coisa com um país que praticamente apagou o terrorismo contra civis nos últimos anos. E, claro, também já teriam feito do extermínio do ISIS a sua prioridade máxima. Quantos europeus precisam de morrer para que eles acordem?