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João Pereira Coutinho

Ultimatos

Depois da derrota, o PCP já lançou o seu ultimato a António Costa.

João Pereira Coutinho 30 de Janeiro de 2016 às 00:45
Jerónimo de Sousa criticou as ‘candidatas engraçadinhas’ do Bloco de Esquerda. Injusto. Se o PCP tivesse dois dedos de testa, teria deixado o Edgar Silva na Madeira e recrutado dois ou três exemplares da casa. Assim de repente, Ana Mesquita ou Rita Rato teriam feito melhor figura.

Duvidoso é que o Comité Central autorizasse: em comunicado, a cúpula do partido atribuiu a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa ao PS. Motivos? O mais glosado foi a incapacidade do Rato (o Largo, não a Rita) em apresentar candidato próprio. Mas o melhor do comunicado vem a seguir: o PCP lamenta a manutenção de algumas privatizações, só explicáveis pelos ‘constrangimentos e limitações da atual solução política’. E acrescenta: Portugal deve optar por uma ‘efetiva rutura com a política de direita’.

O comunicado do PCP não é uma análise eleitoral. É um ultimato a António Costa: ou o governo vira à esquerda, ou o PCP vira a casaca.
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