Donald Trump sugeriu que os candidatos à Casa Branca fizessem testes anti-droga antes dos debates. A revista ‘The New Yorker’, com impecável ironia, concluiu: o problema desses testes é que eles podiam revelar ao mundo que Trump não usa drogas.
De facto: se o comportamento da criatura é totalmente natural, haverá esperança para a Humanidade? O último debate ilustra o ponto.
As sondagens não têm sido meigas com Trump. Em todos os cenários, Hillary Clinton está à frente – e, às vezes, com uma vantagem de dois dígitos. Perante isto, esperava-se que Donald deixasse as drogas (ou, então, que tomasse alguma coisa) para compensar os seus desatinos. Pois sim: quando o jornalista Chris Wallace perguntou se ele respeitaria uma derrota nas urnas, Donald afirmou que preferia manter o ‘suspense’.
Uma forma suicidária de dizer: não acredito na democracia americana e, pior, nem sequer a respeito.
Depois disto, os sorrisos de Hillary nunca mais a largaram. Entende-se: para quê usar drogas quando é possível ter uma ‘trip’ com Trump.