Causou um certo estremecimento o episódio das funcionárias do DIAP que fizeram uma dança no varão para animar os colegas.
Verdade que danças no varão têm sempre esse propósito – causar estremecimento – mas no caso em apreço a pergunta é outra: serão admissíveis estes exercícios? Sinto-me dividido. Por um lado, e tendo em conta o absurdo nível de litigância em Portugal, é impossível não simpatizar com estas donzelas, que vivem soterradas em processos entediantes quando o corpo pede outras excitações. Mas depois sou informado que o vídeo foi posto a circular por uma das chefes (e dançarinas) e aí o meu coração arrefece. Não pela dança em si, entenda-se; mas pela clamorosa falta de inteligência – um défice preocupante quando a investigação judicial exige alguma massa cinzenta.
Resta-nos a consolação de saber que, caso rolem cabeças, será sempre possível ponderar outras carreiras.