De alguma forma, mesmo à distância, todos nós sentimos e fomos profundamente tocados pela enorme tragédia e pelas diversas situações dramáticas vividas pelas populações das aldeias fustigadas pelos conhecidos incêndios.
Naquele dantesco quadro, é profundamente reconhecível, para além de todos os meios e recursos que se disponibilizaram para as necessárias respostas, a incansável disponibilidade e empenho dos profissionais de saúde na resposta às situações de emergência e de urgência que ocorriam, quer no designado teatro de operações, quer nos centros de saúde e hospitais da área.
Houve umas centenas de enfermeiros que, oriundos de várias instituições do país e nas suas folgas, se disponibilizaram para ajudar nas referidas respostas e se deslocaram para as diferentes instituições da zona afetada. Alguns destes trabalharam 24h/48h sem descansar na citada zona afetada.
Porque a legislação sobre ‘resposta a catástrofes’ não prevê e, diria, por alguma falta de sensibilidade das instituições de origem, alguns destes enfermeiros, findas as suas folgas utilizadas nas 24h/48h de trabalho sem descansar, tiveram de retomar os seus turnos programados nas instituições de origem. Importa refletir.