Dados do Ministério da Saúde: a 31.12.2014 exerciam no Serviço Nacional de Saúde 39 316 enfermeiros. Destes: 52,6% têm até 39 anos; 82% são mulheres; mais de 80% trabalham por turnos. É uma profissão maioritariamente feminina, em fase de constituir família e ter filhos e a trabalhar por turnos.
Face à carência existente, as enfermeiras trabalham mais do que as 40h semanais impostas pelo anterior governo. Em muitos locais não chegam a ter as duas folgas semanais. Entretanto, na generalidade e em cada 4 semanas, fazem 8 a 10 tardes, 6 a 8 noites, trabalham fins de semana e feriados (as designadas horas penosas). Esta desregulação da vida familiar e social traduz-se em mais 100 a 150 €/mês.
Além do empobrecimento e degradação das condições de trabalho, também isto potenciou a emigração, o aumento da taxa de absentismo para os 14% e a corrida aos horários sem turnos. O corte de 50% do valor das horas penosas era para vigorar com a troika, que já saiu. Sr. Ministro, para quando a reposição do valor integral das horas penosas e das 35h?