A verdade é que já estivemos em muito melhor lugar.
José Jorge Letria31 de Março de 2023 às 00:30
Sempre tive dificuldade em aceitar a criação de “rankings” que permitam hierarquizar conceitos e valores fundamentais. Agora acaba de ser divulgado um novo que mostra Portugal em 56.º lugar na lista extensa dos países mais ou menos felizes do mundo. A verdade é que já estivemos em muito melhor lugar, na casa dos 30, antes de haver pandemia e todos os danos e restrições que ela trouxe consigo e que marcam as nossas vidas.
Sei que este “ranking” começou a ser criado a partir de 2012 e que são factores essenciais para a obtenção da felicidade individual e colectiva questões como a fruição da liberdade, a habitação e o nível salarial médio. Assim, a Finlândia renova o seu lugar na liderança da lista, na altura em que se prepara para aderir à Nato, com a concordância da Turquia. Logo a seguir vem a Dinamarca e depois a Islândia. Entre os mais felizes estão povos que lidam com o frio extremo e com a incerteza geoestratégica.
Mesmo no final encontra-se, por razões várias e muito graves, o Afeganistão, logo seguido do Líbano. Mesmo com maioria absoluta, Portugal enfrenta dificuldades que agravam a tensão política.