O Ministério da Saúde apropriou-se da ADSE, que se tornou um verdadeiro saco azul, em cuja gestão tem óbvios conflitos de interesse.
Em 2014, a ADSE deu um lucro de 200 milhões de euros, que são dos seus beneficiários, não do Ministério da Saúde! Mas o lucro para o MS é ainda maior, pois os beneficiários, quando recorrem
ao setor privado, estão a poupar ao Serviço Nacional de Saúde os atos que aí não consomem.
Além disso, os beneficiários da ADSE pagam a saúde duas vezes, pois pagam as suas elevadas contribuições para a ADSE, que dá lucro, e pagam os seus impostos para o SNS, que pouco utilizam. Por isso, estão a sair da ADSE, que é opcional, a um ritmo contínuo, o que pode pôr em causa a sustentabilidade da própria ADSE.
A ADSE tem de ser gerida pelos seus contribuintes, para poderem beneficiar dos respetivos lucros e conseguirem muitos mais benefícios pelo mesmo valor da enorme taxa que pagam.
A Ordem dos Médicos considera que os beneficiários da ADSE devem organizar-se e geri-la autonomamente.