Cada dia traz uma nova ameaça. Desde a expulsão da União Europeia à saída de grandes empresas, passando pela proibição de Messi, Neymar e Luis Suárez levarem o Barcelona à conquista da Liga dos Campeões.
Tendo em conta que não há muito tempo a brigada do reumático espanhola falava abertamente no envio de tanques, a permanente chantagem que incide sobre os eleitores catalães, a quatro dias de serem chamados às urnas, chega a parecer meiga.
Talvez por isso, as sondagens demonstram que as forças políticas independentistas podem obter a maioria absoluta de deputados que consideram suficiente para arrancar o processo independentista, à revelia da Constituição de Espanha que concede a coroa à dinastia Borbón, cujas tropas conquistaram Barcelona em 1714, eliminando a autonomia que a ditadura de Franco mais tarde pretendeu sepultar na mesma vala que a cultura e língua catalãs.
Que uma nação tenha resistido a isto, e que o seu povo possa ir em frente, contra quase tudo e todos (até Obama integra o coro da Espanha indissolúvel), enche de orgulho quem crê na liberdade e autodeterminação. Já é hora, Catalunha.