Na Venezuela, Maduro decreta 12h por semana de trabalho. No Brasil, casos tiram protagonismo à (ainda) Presidente. No resto do mundo, Espanha e EUA estão em corrida. Eleitoral.
1.Trabalham dois dias por semana
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que a função pública (exceto em serviços fundamentais) só trabalhará segundas e terças–feiras. Tudo isto em nome do racionamento da energia elétrica. Depois da folga às sextas, Maduro decreta, agora, trabalho dois dias por semana. A Venezuela está a viver uma enorme crise energética. As represas estão secas e a Central Hidroelétrica, que gera 70% da energia do país, a El Guri, está no mínimo.
2. Apagão, também, político
O grande motivo deste apagão é, segundo Maduro, o El Niño. Porém a oposição culpa o Governo de não ter planeamento e de ser o principal responsável. Entre acusações de corrupção e de falta de estratégia surge a ideia de que a diminuição das horas de trabalho semanais prejudica a produtividade do país.
3. Venezuela vs crise das commodities
O país sem luz, com a crise das commodities no máximo, é exportador de petróleo (mais de 90% das exportações garantem as receitas), viu o PIB cair 5,7%, está com inflação a 180%, rutura de stocks, racionamento de alimentos e violência.
4. Género do que aconteceu a Dilma?
Com o país de tanga, o presidente Maduro - a meio do seu mandato - parece começar a ficar sem chão. A oposição, que venceu as legislativas em dezembro e que detém mais de 2/3 dos deputados da Assembleia Nacional, começou a recolher assinaturas para um "referendo de revogação do mandato do presidente". Tal como no Brasil, será por fases: primeiro, a oposição tem cinco dias para recolher 1% de assinaturas; depois, três dias para recolher assinaturas de 20% dos eleitores. Para que o referendo tenha efeito, mais de 5 milhões de eleitores terão de votar.
5. Mulheres, women, mujeres, frauen…
Não restam dúvidas de que as mulheres dão (sempre) que falar. Hoje, Dia do Trabalhador, que curiosamente é também Dia da Mãe, as mães e as trabalhadoras e trabalhadores estão de parabéns. No feminino (para não ferir subjetividades políticas internas de qualquer quadrante), destaque para o cenário político internacional em que a alemã Merkel comanda a Europa, a americana Hillary se poderá tornar a primeira presidente dos EUA, e a brasileira, também mãe (tal como as outras), Dilma poderá sair (obrigada) da presidência pela porta de emergência, a mesma que se abrirá a Temer, cuja mulher, 40 anos mais nova, foi notícia de destaque no Brasil por ser "bela", "recatada" e "do lar". Características bem distintas tem a outra mulher do momento: Milena Santos, a primeira-dama do Turismo brasileiro.
6. Bumbum, a imagem do turismo
Apesar dos esforços para promover o Brasil para além do bumbum e da caipirinha (deliciosa, seguramente), o facto é que o dito continua a ter impacto global. Nesta semana a mulher do novo ministro do Turismo deu nas vistas pelo seu bumbum. No meio desta novela política repleta de episódios especiais e de grandes (Lava) Jatos de água fria, os protagonistas seguem… e desviam atenções do essencial.
7. Olimpíadas à vista e família imperial
Além da Miss Bumbum - a mulher do titular do Turismo -, nesta semana destaque para a família imperial (descendente de D. Pedro II), que, segundo a Folha de S. Paulo, aproveita "clima de divisão para restaurar monarquia". A 100 dias do início das Olimpíadas, o Brasil continua a temer Temer, longe de Lula e com Dilma aos saltos por apoio político. A sua destituição, essa, depois de já ter arrancado no Senado, é cada vez mais certa.
8. A votos (novamente)
Depois de meses de espera e várias tentativas de formar governo, o rei de Espanha, Felipe VI, decide convocar novo ato eleitoral. E agora? As eleições, que serão realizadas dia 26 de junho, não prometem grandes alterações. O que não indica grande esperança… afinal as forças políticas "reinantes" não se entenderam (de forma alguma) e nem o apelo do rei funcionou. Espanha está, ou melhor, continua dividida. A todos os níveis.
9. Portugueses assassinados
Esta semana ficará marcada pelo assassinato de uma emigrante portuguesa, sem residência fixa e sem trabalho, na Alemanha (cujo corpo foi desmembrado). Também no registo "horror", um casal português foi assassinado em Angola, país onde também estão muitos emigrantes portugueses.