Atacaram uma fonte de sabedoria e vida. Um poço de juventude. Atacaram, uma vez mais, o futuro. E inocentes. O simbolismo dos ataques realizados na Universidade de Bacha Khan, no Paquistão, é muito cruel e vem uma vez mais dar conta do ilimitado sentimento de ódio e fanatismo que toma conta, neste caso, do movimento dos talibãs do Paquistão. Um ataque terrorista – seja ele de que natureza for – choca. Mas matar estudantes, que se encontravam em busca do saber, causa náuseas. Morreram 21 pessoas.
2 - Não se esquece as 132 crianças mortas O quê: Terrorismo
Onde: Paquistão
Importa recordar a chacina que em dezembro, de 2014, matou 141 pessoas – das quais 132 eram crianças – numa escola frequentada por filhos de militares paquistaneses. Os talibãs, divididos em vários grupos, e em luta entre si, estão numa escalada de violência indiscriminada. De ruas a santuários xiitas. Tudo para "chocar" à mais alta escala. Será que a elite paquistanesa não vai agir? A Índia não pode continuar a ser desculpa para o "suposto receio" militar. Tema a acompanhar. (Desde este ataque que os professores podem levar armas para a escola. Foi o que fez Syed Husain, que no ataque à Universidade de Bacha Khan, defendeu até à morte, os seus estudantes).
3 - Fim das sanções dos EUA ao IrãoO quê: Comércio
Quando: 16/1
As sanções norte-americanas aplicadas a Teerão, devido ao programa nuclear secretamente desenvolvido, foram levantadas. Apesar da desconfiança, que ainda existe, as consequências deste acordo que coloca termo a uma década de sanções, já estão a produzir efeitos económicos. Isto porque a União Europeia, tal como os Estados Unidos, ao levantarem as sanções devolvem o comércio internacional ao Irão.
4 - O preço do petróleoQuanto: 27 dólares
Quem: OPEP
Outra consequência do fim das sanções ao Irão, quinto membro mais relevante dos membros da OPEP, é o aumento da oferta de petróleo num momento em que o preço deste bem já atinge mínimos históricos (abaixo dos 27 dólares). O fim destas sanções implica ainda a entrada de um novo player económico (e o resto do mundo já prepara delegações para investir no país). No mundo da diplomacia: o Irão, xiita, e a Arábia Saudita, sunita e maior produtor do mundo de petróleo, vivem momentos de grande tensão. Também com a Síria à mistura.
5 - Economia cresce (muito) pouco O quê: Crescimento
Onde: Global
O mundo está, claramente, a viver um novo paradigma. E, ao que parece, não está preparado (ainda) para ele. O preço baixo do petróleo, tem (muito) impacto não só nos países árabes mas também nos países emergentes do hemisfério Sul. Se a isto juntarmos a queda que se tem verificado da procura chinesa, percebe-se que este cenário está a deitar para baixo as perspetivas de crescimento da economia mundial.
6 - Números pessimistas Quem: FMI
O quê: Crescimento
Segundo o FMI, a taxa de crescimento do PIB mundial irá situar-se em 3,4% em 2016 e em 3,6% em 2017 (abaixo das expectativas). Isso deve-se sobretudo à instabilidade das economias emergentes, que não estão a conseguir reagir ao baixo valor das commodities (incluindo o petróleo) e às taxas de juros americanas. Brasil é o país mais preocupante.
7 - O(s) jogo(s) da corrupçãoQuem: Tenistas
O quê: Apostas
A ser verdade que existe corrupção, também, ao mais alto nível do ténis mundial, como foi noticiado esta semana (em que 16 tenistas do top 50 estão a ser acusados de participação em jogos viciados), é caso para implorar pelos valores do respeito e da confiança, inerentes ao desporto. Sempre ouvimos que o desporto faz bem. Depois de Blatter, na FIFA, do doping na Rússia e nas Voltas a França em bicicleta, começa a ser complicado acreditar nesta máxima. Empresas por trás? Patrocínios? Haja confiança e (também) mais fiscalização.
8 - Em Davos com "medo"O quê: Fórum
Onde: Suíça
Sem fugir ao sentimento de medo, começou a 46ª edição do Forúm Económico de Davos para debater "a quarta revolução industrial". O aparato militar não engana. Além do terrorismo, esta edição é marcada pela falta de resposta à crise dos refugiados e pela falta de crescimento económico. What else?
9 - Sem medo. Martin Luther KingO quê: Aniversário
Onde: EUA
Dia 15 de janeiro, os Estados Unidos, celebraram os 87 anos do nascimento de Luther King. Um homem de causas, que, sem medo, lançou uma campanha de não violência. Foi o grande líder dos direitos dos negros. Luther King foi assassinado. Por uma causa. Os Estados Unidos são hoje presididos por um afro-americano: Obama.