Estou com os que defendem a legalização das drogas – as leves e as duras. Porquê? A toxicodependência é uma doença grave, em si, e por tudo o que a acompanha.
Cerca de 60% da população prisional está presa por tráfico de droga, ou por crimes causados pela compulsão a obter dinheiro para ela: furto, roubo, abuso de confiança, associação criminosa, etc.
Depois, são os dramas familiares, do furto doméstico - televisores, joias, dinheiro -, às agressões físicas que os acompanham, a criar nas famílias um ambiente de terror.
Ora, se for o Estado a vender a droga – pura e apenas com os custos na origem, mais transporte e distribuição -, toda a desgraça ligada à doença desaparece, até porque, só devendo ser vendida a partir dos 18 anos, não há mercado de menores onde não houver mercado de maiores.
Aumenta, definitivamente, o consumo? Vamos ver. Fica-nos a doença. Mas essa já a temos… E os milhões que investimos na repressão, que agrava o preço da droga, mas não diminui o consumo, canalizem-se para o tratamento da toxicodependência. Que é também o que temos.
É por tudo isto que o projeto da JS de legalização das drogas leves está na fronteira da cosmética. E com razões fiscais?!