Teve ontem início o julgamento de um grupo conhecido por Máfia de Braga, acusado do rapto e morte de um empresário em março de 2016.
Tratando-se de mais um homicídio a somar a tantos, perguntar-se-á porquê distingui-lo? Por várias razões: um crime cuidadosamente planeado e executado; o rapto ter ocorrido na presença da filha da vítima de apenas 9 anos; a violência em frente da criança dizendo-lhe que iam matar o pai; existência de fortes indícios que apontam para terem dissolvido o corpo em ácido; terem ponderado matar o Inspetor-chefe responsável pela investigação; e ainda o facto de os criminosos serem figuras conhecidas – advogados, empresários e um bruxo famoso.
O móbil, impedir que um dos advogados suspeitos fosse desmascarado por se ter apoderado de cerca de 2 milhões de euros do pai da vítima.
Adivinha-se um julgamento recheado de manobras pantanosas, silêncios dos réus, esquecimentos e falhas de memória convenientes, de tentativas de culpabilização das vítimas. O bruxo não adivinhou que iam ser presos, nem quando.
Neste momento já deve começar a ter premonições sobre a pena a que irão ser condenados. O país aguarda atento o desfecho deste julgamento.