Face ao excessivo número de agressões graves contra agentes policiais, pensei que não deixariam de ser tomadas medidas para pôr fim à impunidade que progride neste tipo de crime. Não vale a pena alardear o orgulho nacional quando temos um Estado que se deixa bater.
Agredir um polícia em serviço ou por causa das funções que exerce, seja por arruaceiros, criminosos, gangs de jovens que projetam pedras ou garrafas, cidadãos que atiçam cães, disparam armas de fogo ou agridem com armas brancas, é agredir o Estado.
Se este não tem coragem para punir exemplarmente os agressores, revela-se cobarde, contribui para a impunidade e viabiliza a repetição dos atos.
E que pensar de tribunais que libertam um cadastrado, referenciado 17 vezes por agressões idênticas? E de Esquadras de Polícia com um só elemento de serviço?
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) contabilizou em 2016 o vergonhoso número de 1688 agressões a polícias. Pensava eu que o relatório servia para assinalar a evolução criminal setorial e possibilitar a tomada de medidas adequadas.
Acabem com o RASI, a Sec.-geral do SSI agradecerá.
Aparentemente, o RASI é como as listas telefónicas – já ninguém as consulta.