Realiza-se no próximo domingo, dia 24 de maio, em Lisboa, o primeiro congresso do Partido Democrático Republicano (PDR), que os seus estatutos designam por Assembleia Geral de Filiados (AGF). O encontro, que terá lugar no Fórum Lisboa, na Av. de Roma, elegerá, durante a manhã, os órgãos nacionais do PDR, ou seja, o seu presidente e os 25 membros que constituem o seu Conselho Nacional (CN). Este órgão, por sua vez, elegerá,
por proposta do presidente do partido, a Comissão Política Nacional (CPN), composta por nove a treze membros, e elegerá também os cinco membros do Conselho Jurisdicional do PDR, desta feita por proposta da CPN. Após estas eleições, passar-se-á à votação do atual projeto de estatutos (que, assim, passarão a definitivos) e da atual declaração de princípios, que, dessa forma, passará a programa político-ideológico do partido.
Esse congresso marcará oficialmente a entrada do PDR na luta político-partidária em Portugal. O novo partido, que se propõe constituir listas de candidatos em todos os círculos eleitorais nas próximas eleições legislativas, pretende criar uma alternativa, não a cada um dos partidos que têm estado nos governos do país desde há quase quarenta anos, mas sim ao atual sistema partidário no seu conjunto, que assenta na hegemonia política do PS, PSD e CDS. Para o PDR, é necessário substituir, no quadro das regras democráticas, o modelo político-partidário vigente, em ordem a combater o clientelismo que o domina e a promiscuidade entre política e negócios que o contamina, bem como criar alternativas democráticas de governo e aumentar a responsabilidade dos eleitos perante os eleitores. Por isso, o PDR diz que nas próximas eleições legislativas não deve estar em causa apenas uma avaliação do atual governo, mas sim de todos os governos que nas últimas décadas contribuíram para a situação de pobreza em que o país e o povo português se encontram. Não é só a ação do governo PSD/CDS que deve ser julgada nas próximas eleições, mas também a ação do PS nos governos anteriores. É este modelo que não gera verdadeiras alternativas que deve ser mudado.
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