A direita, mais que ressabiada, anda preocupada com o que se passa e, sobretudo, com o que possa acontecer na Educação.
Teme que a Escola Pública não perca a qualidade que previa a sua "reforma do Estado", que os colégios privados percam os ovos de ouro da galinha estatal, que a segregação de milhares de crianças não aconteça suficientemente cedo, evitando, assim, indesejáveis misturas e, ainda, que o caminho da elitização seja, inesperadamente, travado.
Garantir que a escola manterá a matriz para que a direita trabalha há anos leva-a a verdadeiras cruzadas em defesa dos exames da 4ª classe, das turmas com muitos alunos, do vocacional, do financiamento público de interesses privados ou de um modelo de gestão escolar onde já nem existe, sequer, poeira democrática.
O antigo testamento desta "religião" dava pelo nome de Lei de Bases da Educação, data de 2004 e teve por mentor o então ministro David Justino. A lei, porém, não passou em Belém.
Doze anos depois, fiel à sua obra, em sede partidária e em outras bem mais discutíveis, o ideólogo esforça-se por levar a sua avante e, nesse sentido, assume-se também como operacional.