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Miguel Alexandre Ganhão

Fisco mete medo a quem quer investir

Os empresários andam apavorados.

Miguel Alexandre Ganhão(miguelganhao@cmjornal.pt) 26 de Novembro de 2015 às 00:30
Os empresários andam apavorados. Têm milhões de euros nos bancos e não se atrevem a investi-los nas empresas. Este aparente paradoxo tem uma razão de ser: sempre que um empresário decide fazer um investimento com fundos próprios na sua empresa, é surpreendido uns dias depois com o Fisco a bater-lhe à porta pedindo as declarações de IRS dos últimos anos, e explicações sobre a origem do dinheiro investido.

Trata-se de uma situação que já ocorreu não uma, mas dezenas de vezes, e que está a deixar os bancos numa pilha de nervos. São centenas os empresários que, com medo das Finanças, preferem ter o dinheiro em depósitos bancários com remunerações irrisórias do que converter essa poupança em capital próprio das suas sociedades.

O apelo para uma mudança nesta situação já chegou ao novo primeiro-ministro. O que se pretende é uma solução que incentive os empresários a tirarem o dinheiro dos bancos e a colocá-lo nas empresas. Algo que as próprias instituições financeiras aplaudem, uma vez que reduzem a necessidade de provisões e ganham oportunidade para conceder crédito novo.

A ideia não é aplicar um "novo perdão fiscal", mas criar mecanismos que facilitem a entrada de dinheiro nos cofres das empresas sem obstáculos tributários. Uma ideia que é querida pela nova equipa das Finanças, que conta com o efeito de vários "incentivos" para dar o impulso que falta ao crescimento da economia portuguesa.

Como alguém com responsabilidades no atual governo diria: "com a atual carga fiscal a economia não cresce. Isso vem nos livros e é a primeira coisa que se aprende!"

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