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Miguel Alexandre Ganhão

Francisco e os hackers

Uma humanidade que se congrega na Cova da Iria, e que, primitivamente, continua a acreditar.

Miguel Alexandre Ganhão(miguelganhao@cmjornal.pt) 13 de Maio de 2017 às 00:30
No dia em que o Papa Francisco visita Portugal, registou-se um dos mais importantes ataques informáticos a empresas e instituições a nível mundial.

Os piratas do ciberespaço (‘hackers’) sequestraram milhares de dados e ameaçaram que só os libertariam a troco do pagamento de um resgate em ‘bitcoins’. Esta é bem uma parábola do novo mundo em que vivemos. Onde a informação é um dos bens mais preciosos, e o dinheiro assumiu a forma desmaterializada de uma moeda digital.

Neste planeta amarrado por uma rede global, onde o trabalho humano é crescentemente substituído por algoritmos informáticos, um homem vestido de branco, que representa para milhões a voz de Deus na Terra, vem rezar perante a imagem da Virgem Maria que apareceu a três crianças há 100 anos.

Este é o desafio de uma humanidade que conseguiu conquistar a Lua e o ciberespaço em menos de um século, mas que ainda não perdeu a capacidade de acreditar que existe algo superior que não se reduz ao ‘enter’ e ao ‘delete’ de um teclado de computador.

Uma humanidade que se congrega na Cova da Iria, e que, primitivamente, continua a acreditar.
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