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Miguel Alexandre Ganhão

Governo omite multa a gestor

De evitar é a injeção de milhões de euros de fundos europeus nas empresas sem garantias.

Miguel Alexandre Ganhão(miguelganhao@cmjornal.pt) 9 de Junho de 2016 às 00:30
As demissões nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e no programa Compete 2020 vão dar muito que falar. Além da diatribe política, ficam alguns episódios que dão que pensar. Um deles diz respeito ao processo de nomeação de Jaime Andrez para a liderança do Compete 2020. Já dissemos aqui que aquele gestor foi condenado pelo Tribunal de Contas em 2012 a uma multa de 1424 euros por uma infração financeira.

Ora, o processo que o Ministério da Economia enviou para a Cresap - Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública - omitiu este pequeno percalço. Confrontada a Cresap sobre se aquela informação deveria constar no processo em causa, a resposta foi a seguinte: "Claro que deveria, porque é pertinente saber o que foi feito no itinerário profissional e pessoal da personalidade em avaliação para prever a probabilidade de esse perfil se adequar ao perfil do cargo em estudo." Mais: "Certamente que, se essa informação constasse do processo, não deixaria de ser considerada na avaliação feita pelo relator", afirma aquela instituição, que adianta que tem de se ter em consideração qual o tipo de infração praticada e qual o impacto que teve para o Estado.

Mas, à parte destes reparos, o que se quer é que tudo corra bem com os fundos comunitários, evitando, por exemplo, a injeção de muitas centenas de milhões de euros em incentivos às empresas sem ter qualquer tipo de garantias. Onde é que nós já vimos isto?

Responsável da lista VIP na calha para grupo de combate à evasão
O congresso do Partido Socialista não serviu só para consagrar António Costa. Serviu para passar muitos recados. Um deles é particularmente interessante e diz respeito a um dos responsáveis da chamada ‘Lista VIP’, que foi afastado do cargo e que agora será recuperado por Rocha Andrade para liderar um novo grupo de combate à  fraude e evasão fiscal, na área dos grandes contribuintes.

A notícia caiu que nem uma bomba em alguns setores da Autoridade Tributária (AT), que consideram o episódio da ‘Lista VIP’ um dos momentos mais baixos da AT nos últimos tempos.
Miguel Alexandre Ganhão opinião
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