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Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Miguel Alexandre Ganhão

Não mordas quem te quer bem

A participação portuguesa na Expo Dubai correu mal e o comissário-geral foi exonerado.

Miguel Alexandre Ganhão(miguelganhao@cmjornal.pt) 13 de Maio de 2023 às 00:30

Todos conhecemos a forma cáustica como a antiga eurodeputada Ana Gomes tem criticado, desde o início, os Governos de António Costa. Neste momento tão delicado para o executivo, existe um toque a rebate para a união dos socialistas, independentemente de tendências. Aos mais renitentes é preciso dar um estímulo adicional. Será talvez por isso que o nome de Joana Gomes Cardoso, filha de Ana Gomes e do historiador António Monteiro Cardoso, tem sido insistentemente falado como a nova comissária-geral ou vice-comissária de Portugal para a Exposição Universal de 2025, que se realiza na cidade japonesa de Osaka.

Trata-se de um cargo em que a indicação vem diretamente do primeiro-ministro, mas a nomeação pertence formalmente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. Da última vez, as coisas não correram bem. O comissário-geral escolhido para a Expo Dubai, Celso Guedes de Carvalho, foi exonerado a quatro meses da abertura da exposição, tendo sido substituído pelo presidente do AICEP, Luís Castro Henriques. Agora, para evitar surpresas, na resolução do Conselho de Ministros sobre a participação portuguesa diz-se que, "por inerência", o comissário-geral será o presidente da AICEP, mas o nome de Joana Gomes Cardoso pode vir baralhar esta escolha. A filha de Ana Gomes tem uma larga experiência na administração cultural, e demitiu-se o ano passado da presidência do conselho de administração da EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, da Câmara de Lisboa.

Para já, a participação portuguesa tem já um orçamento aprovado de 21 milhões de euros, só falta um nome adequado.

Puro Veneno
Os novos desafios da Santa Casa
Ana Jorge tem muitos e grandes desafios à frente da Santa Casa. Um deles é ter um administrador executivo com 78. João Correia, ex-secretário de Estado da Justiça de Sócrates, foi nomeado pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho. Outro são os negócios no Brasil. No início do mês o Tribunal de Contas do Distrito Federal (Brasília) aprovou, por unanimidade, o fim da parceria entre o Banco de Brasília SA (BRB) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para a exploração de jogos de lotaria naquele território da federação brasileira.

Governo a dobrar na escola
O Governo está desesperado para recuperar popularidade. Só assim se compreende que, no passado dia 10 de maio, na requalificação de duas escolas em Abrantes (EB Maria de Lourdes Pintasilgo e EB de Alvega) tivessem aparecido dois ministros; o da Educação, João Costa, absolutamente normal... e a da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Uma presença que é difícil de explicar não fora a governante ex-autarca de Abrantes.

Reformas milionárias na Anacom
Esta semana realizou-se mais um congresso da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, onde, para variar, os principais operadores apontaram espingardas ao regulador. O presidente da Nos, Miguel Almeida, chegou mesmo, em tom de ironia a pedir que o Estado não meta na TAP o lucro de 50 milhões da Anacom. Mas o que o presidente da Nos não sabe é uma consultora principal daquela organização se vai reformar para o mês que vem com 6450 € por mês.


Lisboa gasta 84 mil euros para estudar ciclovias
u A Câmara de Lisboa lançou um concurso, por consulta prévia, para selecionar uma empresa que fizesse uma auditoria à rede ciclável da capital no âmbito do projeto europeu VoxPop, que tem como objetivo criar soluções de mobilidade que vão ao encontro das necessidades das pessoas que vivem, estudam, trabalham e visitam Lisboa.

Das seis empresas concorrentes, foi selecionada a francesa EURL Copenhagenize France que, a troco de 84 mil euros, deve, no prazo de sete meses, fazer o levantamento da atual rede ciclável, identificar as principais zonas que carecem de intervenção, apresentar as respetivas soluções e fazer um relatório final a apresentar à autarquia. Esperemos que, após esta auditoria exaustiva, seja dado um destino final à ciclovia da Avenida Almirante Reis, objeto de tantas promessas eleitorais que acabaram por não ser cumpridas.

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