Móvel... Depois do festival Paredes de Coura, o SBSR é o festival português com maior longevidade a realizar-se de forma regular (a Festa do Avante é outra coisa) e o mais antigo da Grande Lisboa. Nasceu há vinte anos da ação conjunta daqueles que são os dois grandes produtores de espetáculos em Portugal, Luís Montez e Álvaro Covões, já sofreu todo o tipo de transformações e até resistiu à cisão entre os dois empresários. Juntamente com o Sudoeste, é hoje a grande bandeira da empresa Música no Coração. Chega agora ao MEO Arena, sala detida por um consórcio do qual faz parte precisamente Luís Montez, que este ano terá poupado os milhares que todos os anos tinha de investir nas condições e infraestruturas no Meco. Será para manter?
Flop... Não há nenhum festival que acerte sempre e o SBSR também falhou. A organização nunca mais há de esquecer o flop que foi logo em 1996 a aposta em David Bowie. O senhor que vinha a Portugal com estatuto de estrela, de figura incontornável e inquestionável do mundo da música acabou por revelar-se uma das piores contratações da história do evento. "Achámos que ia ser um sucesso e a verdade é que até tivemos de oferecer bilhetes para ver se aquilo enchia", recorda Luís Montez.
Negro... Em 2009 viveu-se o momento mais negro do festival, com o cancelamento dos Depeche Mode, que na véspera da atuação mandaram dizer que já não vinham por motivos de saúde da Dave Gahan. "Foi um trauma que ficou. Hoje nem os consigo ouvir. Quando tocam na rádio desligo logo. Foi um momento muito complicado porque vinha muita gente do estrangeiro só para os ouvir", acrescenta Luís Montez.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt