Octávio Ribeiro

O Portugal que estamos

11 de junho de 2017 às 00:32
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A caminho dos novecentos anos de História, como Nação independente, que Portugal temos e que Portugal deveríamos ter?

Somos um País que entrega grande parte da soberania à União Europeia e em troca recebe milhares de milhões de euros. Assim, vamos modernizando alguns setores, sem, porém, operarmos as reformas necessárias na máquina do Estado e no tecido produtivo.

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Temos uma última enorme riqueza por explorar, no fundo do mar que é nosso, sem sabermos o que fazer dela nem que alianças promover para nos libertarmos da gula alemã e até espanhola, sobre esta última mina.

Entregamos à decisão dos burocratas europeus os destinos da nossa Banca, com os centros de decisão a fugirem para Madrid e Barcelona, o que se revelará desastroso na competição económica global, onde as nossas empresas devem estar envolvidas.

Somos atraentes para o capital de fundos sem rosto, ávidos de lucros agiotas, condenando os nossos jovens, mesmo os mais preparados, a trabalho precário e salários mínimos. Os que envelhecem veem as reformas chegarem cada vez mais magras, sem que se encontre um acordo de regime para sustentar a segurança social a longo prazo.

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Estamos a diluir-nos, enquanto Nação, com uma das mais baixas taxas de natalidade do Mundo.

Hoje, temos um presidente afetivo, um grande político como primeiro-ministro, porém, estamos há décadas apostados em desmentir o que Júlio César escreveu sobre os lusitanos.

Estamos agora um Povo que não se governa, mas que se deixa docilmente governar.

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