O Governo não se dá bem com o verão. Como um produto alimentar delicado, aguentou bravamente os tempos invernais, para começar a dar sinais de desintegração quando o clima melhorou.
O inverno da consolidação orçamental, da saída dos défices excessivos, do salto da economia, tudo foi conseguido. Depois veio o ramerrame dolente, que, afinal, não trouxe descanso. Foram os fogos assassinos, a falta gritante de respostas, a rábula de Tancos.
Uma comissão de inquérito controlada pela esquerda não aprova as conclusões pela falta de dois deputados socialistas.
No seio da geringonça, o PS oscila entre dois amores, correndo o risco de desagradar a ambos, como se viu na reforma das florestas. São disparates a mais. Talvez o outono, com as autárquicas e o Orçamento, ajude a esfriar a cabeça. Do Governo e do PS.