Vem aí o Orçamento do Estado, e com ele o movimento antecipatório das pressões sobre o Governo. São os sindicatos e as respetivas classes profissionais – professores, enfermeiros e tudo o resto da função pública – à procura de influenciar as escolhas do Executivo e conseguir para si melhores condições laborais e de vencimento para o próximo ano.
Não há nada de errado nisto, a existência de corporações fortes pode ser de extrema utilidade para a coesão social. O problema pode vir é do outro lado, de quem recebe estes ‘cadernos de encargos’ e a quem cabe decidir o que fazer em cada situação. Naturalmente, na maioria dos casos – que não em todos – não se discute a razão das reivindicações, que são justas para quem as defende. O que se pode e se deve discutir são as prioridades.
O último ano deu-nos uma ilusão de facilidade, de problema resolvido, o que está longe de ser verdade. Não se cortando a despesa, o bolo a distribuir continuará a ser exíguo para acorrer a todos os que reclamam e, pior ainda, a todos os que efetivamente mais precisam. Todos os Orçamentos são feitos de escolhas. Este, depois da febre das rever
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